quinta-feira, 28 de outubro de 2010

É preconceito, não é?

Esses dias me lembrei por acaso de um episódio que aconteceu comigo esse ano, há alguns meses atrás. Estava eu na calourada da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) com um par de amigos e alguns amigos de amigos.

Eu nunca tive nenhum tipo de preconceito, seja musical, opção sexual, cor de pele... Tanto que alguns de meus grandes amigos são gays. E uma amiga de um amigo meu (gay), que também é homossexual, soltou a seguinte pérola: "não curto hetero". Não curto não no sentido de não curtir para ficar (isso seria óbvio), mas no sentido de sequer conviver.

Muito espantada, eu rebati: - mas por quê?
E ela: - não curto.

Fim. Com a maior cara de desdém do planeta, como se eu fosse um animal asqueroso, e tudo isso só porque eu gosto de homem?!

E fiquei pensando com meus botões que esse é justamente o tipo de pessoa que só colabora com o crescimento do preconceito, seja ele qual for. E é exatamente a pessoa que devia se abster desse tipo de atitude, justamente por sentir na pele o quanto dói ser vítima desse tipo de coisa.


Eu sei o que é preconceito. Eu sou gordinha. Sempre fui. Quando eu tinha uns 16, 17 anos dei uma secada, mas depois ficou tudo enrolado de novo. Lembro de quando era criança de ouvir coisas horríveis nas salas de aula em que estudei, ainda mais por estudar em escola particular. Todo mundo é magro, bonito e tem cabelos lisos. Eu era gordinha, meus pais faziam um esforço sobre-humano para pagar a mensalidade e meu cabelo sempre foi cacheado. Todo mundo era pop. Menos eu.

Cansei de ouvir piadinhas sobre meu peso, e isso quando na sala de aula tinha também um menino gordinho... Pronto, automaticamente para o resto da sala nós éramos namorados. Tipo o hipopótamo e a elefanta, felizes para sempre. Coisas do gênero.

E é o tipo de coisa que quando te acontece, você não sai por aí fazendo a mesma coisa. Você passa a respeitar mais as diferenças justamente por saber que aquilo machuca. De verdade. E eu me senti machucada no momento que essa moça falou isso. Me senti vítima de preconceito, mesmo eu não sendo uma minoria excluída por ser heterossexual. E para mim, isso que ela faz é uma coisa que não ajuda a ninguém, pelo contrário, só desperta ainda mais animosidades dos dois lados, e vira uma batalha infindável de farpas trocadas, ofensas... E quem é que ganha com isso?

Na minha opinião, ninguém.


Porque todo preconceito é burro. Qualquer um. Ser minoria não te exclui disso.

6 comentários:

  1. Odeio qualquer tipo de preconceito. Acho muito estúpido. Me sobe o sangue, principalmente porque eu tenho familia e amigos (dos melhores por sinal) que sofrem todos os tipos quase.
    Até eu sofro. Ficam aí me chamando de lésbica só porque sou muito amiga de uma. Ah, que raiva.

    Mas ainda bem que tem gente que pensa como você /o/

    Alías, postei coisa nova, haha.

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  2. É. Um músico que é meu professor e que tem uma vida super complicada. E quer que eu faça parte dela. Acho que não precisa entender muito a história para saber as coisas asushauias

    Eu não sei divulgar, dica asuihasuias
    Mas tudo bem, as vezes por acaso as pessoas acham.

    Pode deixar que eu aviso quando postar, haha,

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  3. O mundo seria chato se fossemos todos iguais.. E Viva as diferenças.. somos únicos.. adoro isso!!

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  4. Laís, fica fria, só de vc ler e comentar pra mim já tá de bom tamanho, já é ótimo ^^
    Vou começar a seguir seu blog para ficar por dentro das atualizações.

    Beijoca!

    PS: essa foto de tattoo é sua?

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  5. Sim, somos únicos e insubstituíveis. O que falta é um pouco de tolerância nas pessoas para aprender a aceitar e conviver com essas diferenças, que são tão maravilhosas...

    Fico feliz de poder contar com pessoas da mesma opinião... =]

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  6. Ixi ju, já escutei tanto isso.... Principalmente de gente negra! è isso ai escutei coisa, ah não namoro com branco, minha mãe não gosta q eu namore com homem branco, mulher branca, ou com indio ou caramba a quatro.... Eu já nem falo mais nada Ju, nem ligo mais sigo na minha e literalmente jogo no lixo pessoas desse tipo. Agora eu tenho um Conceito formado, não preconceito - Não curto "manos" seja branco, azul, rosa chiclete, Se falar q nem marginal, ou puta de bandindo eu falo mal mesmo u.u"

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