Resenha: Bakemonogatari, Nisemonogatari e Nekomonogatari (anime)

Bakemonogatari é originalmente uma Light Novel criada por Nishio Ishin e ilustrada pelo desenhista taiwanês Vofan. Foi adaptada para anime estreando em julho de 2009, dirigida por Akiyuki Shinbo e produzida pelo estúdio Shaft. São 15 episódios no primeiro arco - sendo 12 para a televisão e 3 para a internet. Suas sequências, Nisemonogatari - 11 episódios - e Nekomonogatari - 4 episódios - foram ao ar em janeiro e dezembro de 2012, respectivamente.

O nome bakemonogatari é um trocadilho com a palavra bakemono - fantasma, monstro - e monogatari - história, conto -. E é exatamente do que se trata o anime.

Araragi Koyomi, o protagonista, é quase um ser humano normal. Tendo sido atacado por vampiros na última primavera e se tornado um deles, Araragi se encontra com Oshino Meme - a quem se referem como um homem de meia idade, mas desculpa aí, ele tem uns 30 anos, e eu tenho uns 30 anos, me recuso a classificá-lo como meia idade hahaha -, que é quem ajuda Araragi a recuperar sua humanidade. Porém, restam algumas características de seu vampirismo, como a longevidade fora do normal para um humano, alto poder de regeneração e capacidade de enxergar no escuro, por exemplo.

Depois disso, Araragi segue cruzando o caminho de várias pessoas - sempre, sempre mulheres -, cada uma atormentada por um fantasma/monstro diferente, personagens da cultura folclórica japonesa - caranguejo, macaco, cobra, etc. -. Como sugere o título do anime, são várias "histórias de monstro". Cada sequência dura cerca de 3 ou 4 episódios.

Nisemonogatari foca nas irmãs mais novas de Araragi, Tsukihi e Karen, as Irmãs de Fogo que lutam pela justiça. Assim como no primeiro arco, cada caso  Em Nekomonogatari, temos a oportunidade de acompanhar uma das sequências de Bakemonogatari com mais foco, quando Hanekawa é acometida pela maldição do gato - gato = neko.

Minha impressão: Bakemonogatari - e sequências - é um anime excepcionalmente dinâmico, seu grande diferencial certamente são os diálogos, sempre muito abundantes e rápidos. Com um roteiro relativamente simples, com certeza são as interações entre os personagens que garantem o sucesso do desenho, já que embora tratemos de um monstro/fantasma diferente em cada abordagem, o processo é basicamente o mesmo, entre a descoberta do monstro, o combate a ele e finalmente, sua expurgação.

Ainda assim, cada caso é extremamente diferente um do outro, justamente por causa dessas relações interpessoais entre os personagens, e uma vez que um personagem é apresentado, ele não sai de cena ao término de sua sequência, tornando o anime cada vez mais rico até seu final.

Esses personagens são problemáticos, debochados e livres de falso moralismo, uns mais e outros menos, o que torna sua interação uma experiência realmente única. O cenário também é absurdamente minimalista, o que eu tenho certeza que foi proposital a fim de concentrar toda a atenção nos diálogos.

Resumindo, é uma animação que vale muito a pena acompanhar!