terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Resenha: Accel World (anime)


Accel World é originalmente uma série de light novel escrita por Reki Kawahara e ilustradas por HiMA. Posteriormente adaptada para duas séries de mangá e em 2012 para um anime de 24 episódios produzido pelo estúdio Sunrise.

Em Accel World as pessoas têm neuro-linkers, um dispositivo que permite acesso à internet sem necessidade de celular, computador ou qualquer outro aparelho, sendo que as informações aparecem logo à sua frente e você manuseia num estilo Minority Report - quem lembra?


E a partir daí você troca e-mails, joga, guarda arquivos, tudo o que faria normalmente com uma internet comum. A coisa esquenta quando um jogo chamado Brain Burst entra na jogada.

O Brain Burst é originalmente um jogo de lutas online, onde você batalha com um avatar que se forma de acordo com suas cicatrizes emocionais, onde se acumulam pontos a cada vitória, sobe-se de nível e travam-se inclusive batalhas em dupla ou em grupo. Mas seu diferencial é que depois de conectado, o tempo no mundo real quase pára, porque do outro lado sua mente acelera transformando 1 segundo em aproximadamente 16 minutos.


Com isso é possível sair-se bem em esportes, provas e qualquer outra coisa que tire proveito de uma breve antecipação. O problema é que obviamente sempre tem aqueles mal-intencionados que usam essa habilidade em benefício próprio e tirando proveito de outros, e cabe aos mocinhos impedir esse tipo de comportamento.

É lógico que dentro do mundo de Accel World - Mundo Acelerado - ainda existem muitas outras intrigas e batalhas internas rolando entre as facções, quero dizer, legiões, que vai render muito pano pra manga.


Minha impressão: Não gostei. Minha vontade era de dizer apenas isso, mas daí não seria uma resenha, né. Então, vamos lá: os personagens são inexpressivos. Nenhum deles tem uma personalidade marcante e nenhum deles me cativou. O protagonista é baixinho e gordinho - até aí ok, já que eu também sou, e o Daru de Steins;Gate também é gordinho, mas inteligente e divertido, apesar de pervertido -, mas suas crises existenciais são no mínimo pedantes. A cada vez que ele começava com aquela história de ninguém me ama, ninguém me quer, sou o pior dos seres humanos, me dava vontade de desistir ali mesmo.

As personagens femininas são todas muito bonitinhas, mas igualmente insossas. E por algum motivo todas parecem se apaixonar pelo gordinho chato. Ok, ele é uma boa pessoa... Mas até metade do anime ele é só chato. Depois ele vai se mostrando uma pessoa íntegra e de caráter e tudo mais. Mas até então é só irritante.


Um pouco pra lá da metade do anime aparece um vilãozinho sem-vergonha de nojento. Daqueles bem estereotipados, bem malvadinhos, que gostam simplesmente de ver os mocinhos sofreeendo e fazendo discursos intermináveis sobre como quer vê-los humilhados e acabados na sarjeta. De dar inveja ao roteirista de Malhação. Um porre.

Não vou dizer que foi de todo ruim. Até tem uma ou outra ceninha mais engraçadinha e uma ou outra mais empolgante, mas são momentos isolados. Inclusive as batalhas são também em sua maioria bem chatinhas. Mas nesse ponto admito que sou meio suspeita para falar porque não tenho muita paciência para lutinhas, motivo pelo qual inclusive eu não suporte Dragon Ball.

Enfim, Accel World não foi exatamente uma experiência negativa para mim, mas passou pela minha vida sem deixar nenhuma marca.








Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários estão sujeitos à aprovação, conteúdos com linguagem vulgar não serão tolerados. Comente! Participe!