terça-feira, 25 de setembro de 2012

Resenhas: Dear Zachary: A Letter to a Son About His Father (filme)


Dear Zachary: A Letter to a Son About His Father é um documentário de 93 minutos produzido, dirigido, editado e narrado por Kurt Kuenne, um cineasta estadunidense que inicia sua obra após a morte de um amigo, Andrew Bagby, uma pessoa que deixou um rastro de carinho e alegria por onde passou. O filme foi lançado em 2008 lá fora, mas não chegou ao Brasil.

A ideia do projeto surgiu após um encontro com amigos de Andrew, em uma situação em que um desses amigos diz: "O que eu mais gostava nele era a sua paixão por fotografia.". A amizade de Andrew e Kurt já passava de duas décadas, e pensar que ele não tinha a mínima ideia do interesse de Andrew por fotografia o fez refletir: o que mais ele tinha a descobrir sobre o finado amigo?

Então ele começa uma verdadeira cruzada, viajando pelo país, colhendo depoimentos de todos aqueles que foram de alguma maneira tocados por Andrew, um jovem rapaz que deixou família, muitos amigos e ainda mais saudade para trás.

É difícil falar sobre o filme sem revelar detalhes que podem ser considerados spoiler, mesmo que a maioria desses detalhes sejam facilmente encontradas em sinopses e trailers, mas alguma coisa acho que posso adiantar sem estragar a parte mais intensa e decisiva do filme.


Andrew era um residente de Medicina, que após um rompimento doloroso com a noiva, abre espaço para a entrada de Shirley Turner na sua vida. Uma mulher completamente desequilibrada, que após ser rejeitada por Andrew, tira sua vida em um estacionamento com cinco disparos. Isso aconteceu em novembro de 2001, e ele tinha 28 anos.

No documentário, Kurt registra depoimento de amigos e familiares, discorre sobre o julgamento de Shirley e sobre a batalha que seus pais, David e Kathleen Bagby, enfrentam nos tribunais tentando levar a criminosa à justiça.

E qual o motivo do subtítulo "A Letter to a Son About His Father"/"Uma Carta para um Filho Sobre Seu Pai"? Bem, esse é um detalhe que eu acho que deve ser descoberto durante o filme, na hora certa, porque faz parte de um dos muitos momentos emocionantes da obra.

Então, se eu puder dar um conselho, é que você não leia absolutamente mais nada sobre o filme antes de assisti-lo. E nem assista ao trailer. Eu anexei porque é padrão das minhas postagens, mas meu conselho é que não veja. Eu mesma acho que já revelei muito, mas ainda assim a sensibilidade e a intensidade do filme ainda tem muito a oferecer. Simplesmente sensacional, sem dúvidas o melhor documentário que já assisti.

E o motivo de eu estar postando sobre esse filme especificamente hoje, é porque hoje é meu aniversário, e era também o aniversário de Andrew Bagby. Descanse em paz, Andrew.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todos os comentários estão sujeitos à aprovação, conteúdos com linguagem vulgar não serão tolerados. Comente! Participe!