Resenha: Black Cat (anime)

Black Cat é originalmente um mangá escrito e ilustrado por Kentaro Yabuki, lançado entre 2000 e 2004. O anime foi produzido pelo estúdio Gonzo, com direção de Shin Itagaki e exibido entre 2005 e 2006, com 24 episódios.

A história gira basicamente em torno do personagem Train Heartnet, um assassino profissional que participa de uma organização chamada Chronos, que atua "secretamente" no intuito de eliminar criminosos e outros perigos em geral que comprometam a segurança das pessoas.

"Eu vim para te trazer má sorte" é a frase que ele usa quando se encontra com seu alvo, mas você não vai ouvir isso muitas vezes durante o anime, porque logo Train - também conhecido como Número XIII (13) ou Black Cat - se desliga da Chronos e passa a atuar como sweeper, que é uma espécie de caçador de recompensas, porém legalizado.

Outros personagens importantes e ligados ao Train são Sven Vollfied, sweeper pobretão que economiza na comida para comprar cigarro - pelo menos foi isso que concluí, já que ele está sempre pendurando sua conta nos restaurantes mas está sempre fumando. Sven é um cavalheiro e um personagem extremamente carismático, do tipo que arrisca a própria vida para salvar a de um amigo; Eve, considerada uma arma biológica e inicialmente alvo de Train, mas Sven evita sua morte e ela logo se junta ao grupo; e Rinslet Walker, uma ladra habilidosa que trabalha para quem oferecer mais dinheiro, mas que volta e meia está prestando algum favor ao grupo de Train e Sven. Os nomes dos personagens são um show à parte - como Creed Diskenth, um dos vilões. Sem comentários, é só abstrair.

Minha impressão: Confesso que comecei a assistir por causa do título, quem me conhece sabe que sou cat addicted, mas no final das contas até me surpreendi. Os personagens em geral são bastante carismáticos, e é fácil se afeiçoar a eles.

Mas Black Cat tem um problema gravíssimo: pelo menos no anime, as coisas começam bem, e de repente vira uma avalanche de informações, personagens e sociedades secretas. É muita coisa para muito poucos episódios - 25. Em contrapartida, parte desse tempo que já é pouco, é desperdiçado com episódios meio sem pé nem cabeça que fogem à proposta inicial. O tempo é muito mal aproveitado. Em vários desses episódios são apresentados personagens que aparecem uma ou duas vezes durante o anime, o que na minha opinião, poderia ter sido evitado. Ou os personagens são devidamente apresentados e aproveitados, ou são mantidos como secundários mesmo, evitando sua - nossa - preocupação em gravar nomes e faces que depois não farão diferença.

De qualquer forma, é muito bom de assistir. Tem umas tiradas de humor que conseguiram arrancar de mim umas risadinhas, coisa bem rara de acontecer quando assisto alguma coisa sozinha, é um anime gostoso.
Não é para ficar na história, mas também não é dos piores. Eu gostei, e admito que fiquei com peninha quando acabou. Vou sentir saudades, e pode até ser que reveja em outra ocasião.