sexta-feira, 21 de junho de 2013

Resenha: 666 Park Avenue (série de TV)


666 Park Avenue é uma série de TV criada e produzida por David Wilcox, baseada num romance de Gabriella Pierce. Foi exibida pela ABC, tendo início em setembro de 2012 e final em fevereiro de 2013. A ideia era a série ter continuidade, mas como apresentou pouco ibope, acabou sendo cancelada na primeira temporada. O lado bom é que tiveram respeito com os telespectadores e assim que a decisão do cancelamento foi tomada, alteraram o final para propiciar à série um desfecho.

Essa é a história de um prédio, o Drake, cujo dono, Gavin Doran, - quem assistiu Lost vai se lembrar de John Locke - faz questão de selecionar a dedo cada um dos inquilinos. E ele faz isso com um propósito bem específico em mente: firmar contratos, onde o desejo mais íntimo do contratante pode ser atendido, e em troca... Bem, em troca, o contratante cede sua alma.


Dentro desse contexto, entra em cena o casal Jane Van Veen e Henry Martin, namorados de longa data e apaixonados, que se mudam para o Drake como novos gerentes do lugar. Imediatamente Gavin e Olivia Doran apadrinham o jovem casal, os ajudando a subir cada vez mais na vida.

Embora não se lembre, Jane tem uma história com o lugar, que vai sendo explorada conforme o passar dos episódios, e Henry começa a ascender na carreira política, sendo influenciado por Gavin e por vezes passando por cima de seus valores pessoais.


Minha impressão: 666 Park Avenue é como um bom filme de terror, mas ao invés de uma hora e meia, duas horas, tem 13 episódios de aproximadamente 40 minutos. Não é genial e inovador, mas também passa bem longe de ser ruim.

O fluir da série é bastante satisfatório, o ritmo em que certos segredos vão sendo revelados e a história evoluindo é consistente. Muita coisa fica com uma interrogação no ar, que eu acredito ser uma consequência do final prematuro da série, mesmo com a atitude de dar um encerramento ao enredo.


Ainda assim, o final não deixa exatamente a desejar, o que faltam são mais detalhes técnicos, como quem - ou o quê - exatamente é Gavin Doran, qual a sua origem, qual é a origem do Drake, o que existe dentro da caixa vermelha entre outras pequenas coisas. Mas nada que comprometa o andamento da série como entretenimento.

Quem já assistiu Advogado do Diabo vai perceber muitas, mas muitas semelhanças mesmo. Fica a dúvida se foi uma tentativa de cópia ou como eu prefiro acreditar, uma forma de homenagem. Porque além disso pode-se perceber referência a várias outras obras que me fogem à memória, mas uma delas posso citar, que é Psicose, do mestre Hitchcock.

Outra coisa interessante: depois de muito tempo sumida, podemos ver aqui uma carinha bem conhecida fazendo uma participação bacana: Whoopi Goldberg.


Resumindo, 666 Park Avenue é um programa altamente válido para os apreciadores de um bom suspense e que hoje sofrem com tanto terror gore por aí. Realmente nada contra o gênero ou quem gosta, mas eu particularmente prefiro um bom terror/suspense psicológico.

O fato da série ter sido encerrada ainda na primeira temporada para mim foi um ponto positivo. Talvez, se estendida, se tornasse maçante e cansativa, mas como temporada única, tornou-se uma ótima opção. Recomendo.








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