quarta-feira, 19 de maio de 2010

Time to rebirth

Como me disse uma grande amiga, "o insuportável é que nada é insuportável". Fato. Como diria Shakespeare, "você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais". Fato também. Como seria? Morrer de amor? De desilusão? Uma morte memorável, no mínimo.

Mas, já que não é o caso, é hora de recomeçar. Juntar os pedaços e começar a olhar para frente novamente, embora seus olhos volta e meia ainda procurem pelo chão. Você não vai esquecer o que passou e nem vai  parar de sentir dor, mas chega a hora de parar de se castigar. As lágrimas ainda são uma companhia, mas pelo menos você consegue controlar seu volume. Quando elas rolam, já não parecem querer levar um pedaço do seu coração junto.

A vida não pára para você se recompor. Não existe atestado médico para dor de amor e ninguém te dá alguns dias de luto pela morte de um amor. Os amigos perguntam o que podem fazer por você, mas a única pessoa que pode fazer alguma coisa é você mesmo. O problema é que às vezes é difícil tomar essa iniciativa.

Se curar dessa dor é em parte aceitar o fim, e aceitar que você tem que esquecer alguém, e não é isso o que você quer. Você quer que esse alguém volte, dizendo o quanto está arrependido de ter pensado na possibilidade de viver sem você. Quer recuperar o que agora está prestes a aceitar que perdeu...


Você tem vontade de pedir para os outros te deixarem sofrer em paz, quer continuar enchendo o coração de esperanças, por mais que no fundo acredite que são falsas, quer pensar que foi tudo um engano, um mal entendido e no final da tarde irá tudo de acertar. Quer acreditar que o destino não pôde ter sido tão cruel assim com você. Não dessa vez. Não agora.

Ah, o céu não me responde porque me deu um coração tão intenso e tão cheio de amor se não me apresenta alguém capaz de corresponder a isso. Por que me deu uma alma tão romântica em um mundo cada vez mais superficial, onde é difícil até enxergar esperança pela janela. Não me responde porque me sinto tão perdida.

Lá vamos nós de novo, mais uma vez, once more, hora de renascer e tentar enxergar que essa é a realidade, esse é o mundo em que você vive e não adianta tentar pintá-lo de outra cor. Uma hora ou outra a chuva cai e apaga o que você tentou colorir. Não adianta ficar chorando para sempre dentro do quarto, quebrar coisas não vai aliviar sua dor e gritar só vai ferir sua garganta.

Quem dera fosse fácil assim, deixar tudo pra trás. Mas a gente vai tentando. Uma hora ou outra acaba conseguindo.

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