segunda-feira, 19 de abril de 2010

Crisis moment


Momento de crise total e absoluta. De sexta-feira pra cá, depois daquele último post, acabei saindo com um amigo meu e depois de muitas cervejas, bares e boates, acabamos numa crise de final de festa comigo chorando e discorrendo sobre todos os problemas da minha vida, cabeça e coração, que talvez não sejam muitos, talvez não sejam tão graves, mas são os meus problemas.

Digo, eu tenho uma mãe maravilhosa, tenho um teto sob o qual viver - por mais que eu tenha que pagar aluguel por isso -, e embora não tenha uma sensacional situação financeira, ainda consigo pagar a internet para me distrair. Claro, isso também acaba com todas as minhas chances de me divertir fora de casa, porque depois que recebo meu salário e pago todas as contas de dentro de casa - aliás, não todas, porque não chega a dar para isso tudo - não me sobra absolutamente nada. Nada? É, nada.

Mas nem é essa a pior questão. Qual é a pior questão afinal? Eu sei realmente do que estou falando? Sei o que é que me aflige, no final das contas? Talvez isso é o que seja realmente assustador. Estou cansada de passar por essas boas fases - que começam a durar cada vez menos tempo... Um dia? Dois? Uma ou duas semanas? - e voltar sempre à mesma angústia, dor e dúvida. Ouço pessoas me dizendo que eu não sou a única, que todos têm dúvidas e angústias, mas por que é que ninguém então parece realmente compreender o que eu estou sentindo? Quero dizer, se todo mundo passa pelo que eu passo, então por que isso me afeta de maneira diferente?

Medo de pensar que tudo pelo que eu luto - um emprego melhor, estudos, um corpo mais magro, mais conhecimento - não faça diferença, que depois de alcançar esses objetivos, a sensação continue a mesma, se não pior! Medo de que nada de fato me realize, me complete. Eu odeio me sentir assim, odeio essa imagem de auto-piedade que sempre tive tanto nojo, que sempre tanto desprezei. Mas me causa absoluto incômodo sorrir de uma orelha a outra e responder "tudo ótimo!" sempre que alguém me faz a corriqueira pergunta "oi, como vai?", quando a vontade é de responder "eu me sinto um lixo", sem sequer saber explicar o motivo disso.

Cansada de escrever e dissertar sobre uma coisa que tenho medo de não ter cura.

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